Mogincual quer liderar o ranking de produção pesqueira em Nampula


Data: 02/03/2020

As ruínas que se vêem um pouco por quase toda a vila não escondem as marcas da sangrenta guerra dos anos oitenta e noventa. No entanto, o esforço do Governo, sobretudo na construção do tecido infra-estrutural para o seu pleno funcionamento, aliado à visível vontade dos habitantes na mudança do rosto do seu distrito, fazem de Mogincual uma parcela com fortes esperanças de desenvolvimento, na província de Nampula.
E motivos para essa esperança não faltam a Mogincual: o seu manancial pesqueiro, constituído por uma vasta gama de espécies apetecíveis, tanto no mercado nacional como no estrangeiro, poderá ser, na verdade, a pedra de toque para o grande salto que o distrito pretende dar, nos próximos tempos.
“Estamos em segundo lugar, a seguir a Moma, mas não nos contentamos com isso. Queremos o primeiro lugar. Mogincual tem que estar em primeiro lugar na produção pesqueira em Nampula”, disse um dos membros da Associação dos Pescadores de Mogincual.
Aos ouvidos e olhos de Augusta Maíta foi chegando a fio esta mensagem de força, determinação e foco na vitória por parte dos mogincualenses. E a ministra gostou. Ela, também focada na vitória, na bravura e na conquista, imediatamente teve esta simbiose com os pescadores locais.
Ora, tudo isto viveu Augusta Maíta, Ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, na sua primeira visita de trabalho a uma província, de 19 a 22 de Fevereiro, desde que assumiu este cargo. Localizada no Banco de Sofala, o paraíso pesqueiro do nosso país, Nampula não podia ter sido a melhor escolha para este primeiro e grande contacto com o Sector, sendo que Mogincual e Angoche, dois dos três distritos visitados – o terceiro foi Nacala – são de facto uma irrefutável amostra.