Bastante concorrida e num convívio salutar entre governantes, académicos, comunidades e parceiros de cooperação, a Conferência da Biodiversidade Marinha foi também uma oportunidade de se escalpelizar sobre a adaptação e resiliência às mudanças climáticas na zona costeira do nosso país.
Com efeito, ficou evidente que o seu impacto na actividade pesqueira resulta em perdas avultadas, com os pescadores artesanais a ser grandemente afectados.
Desse modo, foi dado o alerta quanto à necessidade de se adoptar planos, estratégias e meios de pesca que possam fazer face aos eventos climáticos extremos.
Sendo consensual a inovação na busca de novas soluções, em vez de perpetuamente se optar por vias que não produzem resultados diferentes, Lídia Cardoso recomendou que se deve capitalizar os exemplos de boas práticas, inovadoras e de sucesso na conservação dos ecossistemas.
Trata-se, segundo a ministra, de casos de gestão participativa, da adaptação baseada em ecossistemas e das reservas extractivas, numa mescla de soluções políticas, sócio-económicas, científicas e tecnológicas e até soluções baseadas em engenharia.
“Durante esta jornada, tivemos ainda a oportunidade de visitar e apreciar a bonita e bem concebida exposição paralela a esta conferência. Dos vários produtos expostos, cada qual com as suas valências e à altura de ser uma solução para a sua área em concreto, ficamos bastante impressionados com a solução de fogões melhorados, fabricados localmente e com recurso a material local”, revelou a governante.
Segundo informou, esses fogões têm uma eficiência energética acima de 50% e, para além de contribuírem para a redução do abate de florestas de mangal, irão, também, contribuir para a geração de renda das mulheres envolvidas.
Na interacção com as 21 mulheres beneficiárias, e a quem entregou 50 fogões, Lídia Cardoso incentivou-as a prosseguirem com este projecto económica e ambientalmente sustentável.
